Olá, olá
Esta semana vou contar-te uma história, a minha história sobre o medo em viajar sozinha e como ultrapassei isso.
Todos nós somos diferentes e temos gostos diferentes, educações diferentes, vivemos em locais e contextos diferentes. Eu aprendi com a minha experiência, quer o meu contexto social, familiar e educacional, que todos estes fatores estavam a afetar-me ao nível da minha motivação e vontade em viajar. Aprendi também que, não podemos depender das outras pessoas, da sua disponibilidade, mesmo sendo família ou amigos para viajarmos.
São anos de aprendizagem e de autoconsciência, de análise sobre o que eu quero e como conseguir. As crenças influenciadas pela sociedade que temos ou pela família pode nos castrar. A mim estava a acontecer isso. Sentia-me presa e tinha de dar justificações por querer viajar, com quem e como. Chegou uma altura em que tive de colocar um travão à família mais próxima porque me limitavam nos meus movimentos e não me deixavam ser independente. E pior, não se davam conta que estavam a fragilizar a minha autoestima e autoconfiança. Como se estivessem a passar-me um teste de incapaz, de não conseguir tomar decisões sozinha!
Estas atitudes durante algum tempo me prejudicaram muito a nível do meu psicológico, a nível da inteligência emocional e social. Aprendi que esses comportamentos apenas refletiam o medo de não serem capazes em viajar, seja sozinho ou com amigos, estando limitados à família, ao seu núcleo. Como somos pessoas com uma identidade e cada um de nós nasceu e foi lhe dado um nome, eu questionava a razão por que me limitavam na minha vontade de querer viajar, seja com outras pessoas e pior, sozinha! Tive de combater isto com muita convicção e ouvir a minha VOZ, ouvir a minha consciência.
Estando sozinha ou acompanhada só fazemos asneiras ou temos comportamentos erráticos se quisermos. Comecei com muito medo a viajar sozinha, e ainda hoje mesmo com mais de vinte anos a viajar, continuo a ter medo. Mas aprendi o significado do meu MEDO, e arranjei estratégias para o minimizar ou combater. O MEDO até não é mau porque nos coloca mais alerta, temos mais atenção à nossa segurança e dos outros, conseguimos ter mais respeito e tolerância com os outros.
Hoje, cada vez gosto mais de viajar sozinha, adoro a minha família e viajo com ela nas férias, mas preciso fazer durante o ano uma pausa sozinha. Quando viajamos sozinhas criamos o nosso roteiro de viagem, planeamos a viagem ao nosso gosto, ao nosso ritmo e necessidade. Cada vez mais privilégio o turismo lento, a sustentabilidade e até o turismo regenerativo, o turismo de massas a mim já não me faz sentido. A confusão, os grandes grupos, muita gente já me causa algum stress. Contudo, ainda quero conhecer destinos muito conhecidos e massificados, nem que seja uma vez na vida, aí poderei ir sozinha ou em família. Mas quando estou sozinha sou mais criteriosa, ao nível do restaurante, do alojamento, do destino e o que gasto no geral.
Se queres começar a viajar sozinha vai com o medo mesmo, o primeiro passo és sempre tu que o dás, mesmo ouvindo vozes tóxicas ao teu redor. Não oiças nada, ouve-te a ti, junta-te a um grupo de pessoas ou vai mesmo sozinha, sem estranhos. Começa por Portugal para te habituares e quando sentires mais à vontade vai para o estrangeiro.
Um abraço e segue o teu rumo 🙂
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